domingo, 2 de janeiro de 2011

Eutanásia Nunca!




Quando uma pessoa vê diante de si uma morte inevitável e terrível, é ela culpada por abreviar de alguns instantes seus sofrimentos por uma morte voluntária?
- Sempre se é culpado por não esperar o termo fixado por Deus. Aliás, se está bem certo e que esse termo tenha chegado, apesar das aparências, e que não se pode receber um socorro inesperado no último momento?”. (1)


           Conforme podemos observar nesta questão de O Livro dos Espíritos, os espíritos foram taxativamente contra a prática da eutanásia por ser ela considerada uma rebeldia contra Deus e contra as situações que temos necessidade de vivenciar.
Desde Moisés através dos Dez Mandamentos está explicitamente declarado que não se deve matar, então com que direito pode o ser humano se achar no direito de abreviar a sua vida ou a de outro? A eutanásia praticada com a concordância do paciente é na verdade um suicídio assistido, assim como a eutanásia realizada sem o consentimento do paciente é um assassinato.
Kardec, o “bom senso encarnado” segundo Camille Flammarion, não se deu por satisfeito com resposta à questão 953 de O Livro dos Espíritos e foi mais além perguntando, na questão 953a , se a eutanásia seria lícita em caso de morte certa recebendo dos espíritos a seguinte resposta: “É sempre uma falta de resignação e de submissão ao Criador”(2).
Sendo Deus perfeito em todas as suas qualidades, incluindo , obviamente, a Justiça e o Amor, sabemos que nossos sofrimentos derivam dessa Lei de Justiça e que são conseqüências das escolhas erradas que fizemos nessa ou numa vida anterior, o sofrimento é um dos meios que Deus colocou para nos alertar quanto as conseqüências de nossos abusos e se tivemos a coragem de infringir as Leis Divinas, por que nos sentiríamos no direito de fugir às  suas conseqüências?
Assim o posicionamento a Doutrina Espírita é sempre em favor da vida, levando o esclarecimento sobre nossas ações e suas conseqüências e nos mostrando a justiça que determina os acontecimentos pelos quais temos que passar e saibamos que quando estes acontecimentos nos trazem o sofrimento não é por punição, mas por amor. Desse modo meus amigos jamais pensem na eutanásia como solução, eutanásia nunca!
______________________________________________
Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.953.
2. _____. _____. Q. 953a.