quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Natal de Jesus

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Toda vez que o Natal retorna, Sua figura é lembrada com maior vigor. Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda.

Outros, que na Sua existência acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele verdadeiramente nasceu.

O que se sabe é que até o século IV, os cristãos do Mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias, motivo pelo qual a Igreja optou por determinar a data de 24 de dezembro, a fim de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único coração.

Estranham alguns que tudo que se refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. Não se sabe com exatidão quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e adolescência.

Mesmo após a Sua morte, não nos legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar ignorado talvez.

Exatamente porque, desde o primeiro dia entre nós Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante do que o homem.

Contudo, algo existe em torno do qual ninguém discute, todos se irmanam. Ele legou à Humanidade o mais belo tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi.

Desde Seu nascimento na calada da noite à Sua morte infamante na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em totalidade.

Por isso mesmo é que não temos as notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. A Sua família era a Humanidade e com ela esteve em Seu messianato.

Amou a multidão e a serviu. Falou de coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então.

A Sua voz tinha especial entonação e quando se punha a declamar a poesia dos Céus, extasiava as almas. Os simples O seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas feridas morais O ouviam atenciosos.

Sua mensagem era dirigida a todos os seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades.

Dirigiu-Se à criança, convidou os moços a segui-Lo, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a velhice.

Sua vida foi um contínuo servir. Ninguém antes Dele e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das ideias, semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo.

Menos de três anos...

Sua mensagem, impregnada do perfume de Sua presença, prossegue no mundo, arrebanhando as almas.

Definindo-se como o Caminho, a Verdade e a Vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós.

Seu nome é Jesus. Sua mensagem é a do amor perene. Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos. 

A comemoração do Seu natalício a todos nos motiva a amar, doar e perdoar. E só há Natal porque Ele veio para os Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem Divina que fala de paz, de harmonia e de belezas espirituais.

*   *   *

Aproveitemos os dias do Natal que estamos vivendo para meditar a respeito dos ensinos de Jesus.

Aproveitemos mais: coloquemos em prática ao menos alguns deles.

E entre os presentes e mimos que distribuiremos em nome Dele, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso coração.

Não esqueçamos: é Natal.



Fonte: Redação do Momento Espírita









sábado, 29 de outubro de 2011

Reencarnacao - Mais que Crença, uma Lei Biológica

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Recomendo aos companheiros que assistam os dois vídeos com o Dr. Décio Iandoli Jr. falando sobre a reencarnação como uma lei biológica, uma abordagem muito importante, pois tira a reeancarnação de uma visão mística para tratá-la como hipótese científica séria. Vale a pena conferir os esclarecimentos desse brilhante médico e trabalhador da seara espírita.



Vídeo 1


Vídeo 2


*Dr. Décio Iandoli Júnior é médico cirurgião, doutor em medicina pela UNIFESP-EPM, professor titular de Fisiologia dos cursos de Biologia, Fisioterapia e Farmácia da UNISANTA em Santos, S.P., professor responsável pela disciplina de Saúde e Espiritualidade do curso de Gerontologia desta mesma universidade, atual vice-presidente da Associação Médico-Espírita de Santos e colaborador do Centro Espírita Dr. Luiz Monteiro de Barros em Santos, S.P. Autor dos livros “Fisiologia Transdimensional”, “Ser Médico e Ser Humano” e “A Reencarnação como Lei Biológica” editados pela FE editora jornalística.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Momento da Morte e o Desencarne


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Muito comum, mesmo entre os espíritas, que se faça confusão entre os termos morte e desencarne, porém os termos possuem sentidos diferentes e a compreensão deles nos ajudará a esclarecer um assunto muito importante: o que acontece com o Espírito no momento da morte do corpo? Ela é dolorosa? É igual para todos? É a todas essas perguntas que tentaremos esclarecer neste artigo.

Para ajudar a esclarecer esse assunto tão fascinante é preciso, antes de tudo, conhecermos o significado dos termos morte e desencarne para o Espiritismo.

  • A morte é o fim da vida do corpo físico, ocorre quando o corpo, natural ou forçadamente, não tem mais condições de se manter vivo.
  • O desencarne é o processo de desligamento do Espírito, e seu corpo espiritual ou perispírito, do corpo físico.


Ao reencarnar o Espírito se une ao corpo físico através de seu perispírito molécula a molécula, no desencarne esse processo é invertido e o Espírito se desligará do corpo também molécula a molécula. A esse respeito Kardec escreveu que “o fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo1. É importante ressaltar o fato de que morte e desencarne acontecem, normalmente, em momentos distintos e é isso que veremos agora com mais detalhes.

Kardec generaliza os diferentes “tipos” de desencarne quanto ao momento em que se dão e conseqüentemente quanto à facilidade ou dificuldade do processo. Os exemplos devem ser entendidos como casos extremos e, portanto, existem muitas variações entre um tipo e outro. Essa generalização foi feita em quatro grandes grupos que são:

  • “Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.

  • Se nesse momento a coesão dos dois elementos (os dois corpos espiritual e carnal) estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.

  • Se a coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.

  • Se após a cessação completa da vida orgânica existirem ainda numerosos pontos de contacto entre o corpo e o perispírito, a alma poderá ressentir-se dos efeitos da decomposição do corpo, até que o laço inteiramente se desfaça2.


Após esses oportunos esclarecimentos sobre os diferentes processos de desencarne, Kardec finaliza dizendo que “daí resulta que o sofrimento, que acompanha a morte, está subordinado à força adesiva que une o corpo ao perispírito; que tudo o que puder atenuar essa força, e acelerar a rapidez do desprendimento, torna a passagem menos penosa; e, finalmente, que, se o desprendimento se operar sem dificuldade, a alma deixará de experimentar qualquer sentimento desagradável3.

Mas então o que gera essa força “adesiva” que torna o corpo espiritual mais ligado ao corpo carnal e, por conseqüência, mais difícil e penoso o seu desligamento para o Espírito? Kardec mais uma vez vem nos esclarecer quando responde que “o estado moral da alma é a causa principal que influi sobre a maior ou menor facilidade do desligamento. A afinidade entre o corpo e o perispírito está em razão do apego do Espírito à matéria; está em seu máximo no homem cujas preocupações todas se concentram na vida e nos gozos materiais; ela é quase nula naquele cuja alma depurada está identificada por antecipação com a vida espiritual. Uma vez que a lentidão e a dificuldade da separação estão em razão do grau de depuração e de desmaterialização da alma, depende de cada um tornar essa passagem mais ou menos fácil ou penosa, agradável ou dolorosa4.

Fica agora fácil entender que os fenômenos da morte e do desligamento do Espírito em relação ao corpo (desencarne) ocorrem, de modo geral, em momentos distintos podendo ser essa diferença de tempo em horas, dias, meses e mesmo anos. O que também nos chama a atenção é o fato de depender de cada um tornar esse momento mais fácil e agradável ou mais penoso e doloroso. A vida plenamente material onde se busca tudo que a matéria oferece como gozos e posses é aquela que dará mais dificuldade ao Espírito na hora do desencarne. Aquele que vive conforme a moral do Evangelho, dando importância relativa às coisas materiais, reconhecendo seu valor, mas não vivendo em função disso e principalmente reconhecendo e aceitando os Desígnios Divinos acima de qualquer revolta, esse sim terá uma passagem tranqüila e fácil quando chegar sua hora.

Existe um outro fenômeno que possui relação direta com a moral do indivíduo e que começa a acontecer imediatamente após a morte do corpo, é o fenômeno da perturbação espiritual. Como nos esclarece Kardec a esse respeito “[...] nesse momento a alma sente um entorpecimento que paralisa, momentaneamente, as suas faculdades e neutraliza, pelo menos em parte, as sensações; está, por assim dizer, cataleptizada, de sorte que quase nunca testemunha consciente o último suspiro. [...] A perturbação pode, pois, ser considerada como estado normal no instante da morte; a sua duração é indeterminada; varia de algumas horas a alguns anos. À medida que ela se dissipa, a alma está na situação do homem que sai de um sono profundo; as idéias estão confusas, vagas e incertas; vê-se como através de um nevoeiro; pouco a pouco a visão se ilumina, a memória retorna e ela se reconhece. Mas esse despertar é bem diferente, segundo os indivíduos; nuns é calmo e proporciona uma sensação deliciosa; noutros, é cheio de terror e ansiedade, e produz o efeito de um horrível pesadelo 5.

Assim fica mais uma vez clara a importância de uma vida reta, onde impere a moral do Evangelho de Jesus e onde cada um se esforce para ser cada dia melhor que no dia anterior. Para fechar a questão trago mais uma citação de Kardec onde ele fecha o assunto com muita clareza e objetividade:

O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. Demo-nos pressa em afirmar que esse estado não é geral, porquanto a intensidade e duração do sofrimento estão na razão direta da afinidade existente entre corpo e perispírito. Assim, quanto maior for essa afinidade, tanto mais penosos e prolongados serão os esforços da alma para desprender-se. Há pessoas nas quais a coesão é tão fraca que o desprendimento se opera por si mesmo, como que naturalmente; é como se um fruto maduro se desprendesse do seu caule, e é o caso das mortes calmas, de pacífico despertar6.


Referências:
 
1.                  Kardec, Allan. O céu e o inferno. 2ª parte, cap. 1, item 4.
2.                  Idem. Ibidem, item 5.
3.                  Idem. Ibidem.
4.                  Idem. Ibidem, item 8.
5.                  Idem. Ibidem, item 6.
6.                  Idem. Ibidem, item 7.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Verdadeira Pureza


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Não basta se tenham as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a do coração”. – Allan Kardec

Em um mundo regido pelo materialismo e a superficialidade não é de espantar que os valores estejam equivocados. Nem mesmo os religiosos, em sua maioria, se importam em cultivar a pureza verdadeira, mas preferem cultivar o exterior adotando máscaras e práticas exteriores que nada têm com a verdadeira pureza.

Como diz Kardec, “a verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal”. Obviamente não pretendemos aqui pregar um padrão de pureza e perfeição que esteja além da capacidade da humanidade, mas chamar a atenção para o esforço de melhoramento pessoal que cada um deve fazer dentro de sua capacidade.

A verdadeira pureza nada tem com aparências, daí Kardec ter dito que “A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade”, ou seja, ela é sincera e dispensa máscaras, pois é humilde, já que as aparências são frutos do orgulho. O fingir que esta tudo bem, o sorrir com vontade de chorar, os relacionamentos antipáticos onde socialmente se apresentam fraternos, todas essas situações e muitas outras nos mostram como ainda devemos investir em nosso melhoramento real e não aparente.

Em tudo o que você fizer, seja sempre humilde, guardando zelosamente a pureza de seu coração e a pureza de seu corpo”. - Padre Pio de Pietrelcina”

domingo, 28 de agosto de 2011

A Ação de Deus


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Linda era uma modelo famosa. Requisitada e disputada, conseguia contratos milionários. Apesar do dinheiro, da fama e da beleza, ela não era feliz.


Sentia um imenso vazio por dentro. Sofria de pavor, ansiedade e insônia. Pensou em tomar medicamentos. Alguns amigos aprovaram, outros não.


Ela decidiu procurar outras terapias. Assinou contratos que jamais havia sonhado. Trabalhava muito, mas continuava atormentada.


Um dia, pela manhã, indo de carro para o trabalho, pelo caminho costumeiro, o trânsito parou. Um guarda estava desviando todo o trânsito para uma ruazinha estreita, porque um encanamento havia rompido na avenida principal.


Dirigindo lentamente pela rua desconhecida, ela passou em frente a uma igreja. Um cartaz, escrito à mão, dizia: “Sem Deus não há paz. Conheça Deus, conheça a paz. Todos são bem-vindos”.


Ela achou estranho e seguiu em frente. No dia seguinte, fazendo o mesmo trajeto, o trânsito parou. Um incêndio em uma loja fez com que, outra vez, o trânsito fosse desviado por aquela mesma ruazinha.


“De novo!”, pensou Linda. E passou outra vez pela igreja. Lá estava o cartaz, que agora lhe pareceu atraente.


De dentro do carro, espiou o interior da igreja.


No terceiro dia, ela pensou em mudar de trajeto. Mas achou que estava sendo muito boba. Afinal, qual era a probabilidade de, em três dias seguidos, acontecer o desvio do trânsito, no mesmo local?


“Vai ser um teste”, pensou. “Se acontecer alguma coisa e o trânsito for desviado, vou ter certeza de que é um sinal”.


Quando ela chegou na avenida, lá estavam os policiais outra vez. “Um grande acidente”, explicou um dos policiais, desviando o trânsito, para a já conhecida ruazinha.


“É demais”, falou Linda, consigo mesma. Estacionou o carro e entrou na igreja. Lá dentro, havia apenas um padre. Ele ergueu os olhos, olhou para ela com um sorriso e perguntou:


“Por que demorou tanto?” – Ele havia visto o carro de Linda passar ali nos três dias. Eles conversaram muito e como resultado, Linda passou a freqüentar a pequena igreja.


Encontrou a paz e a serenidade que estava esperando. Exatamente como dizia o cartaz. Ela precisava de Deus na sua vida. E, sem dúvida, fora Deus que providenciara para que, de alguma forma, entendesse que ela precisava voltar-se para Ele, alimentar o seu espírito com a fé, a esperança e o amor. 

********

A Providência Divina sempre se faz presente em nossas vidas. Ocorre que, nem sempre, estamos de olhos e ouvidos atentos para perceber e entender.


Filhos bem-amados do Criador, não podemos esquecer de buscar o amparo desse Pai amoroso e bom, para que Nele encontremos o nosso refúgio seguro.


Muitos O procuram nas igrejas, nos templos. Outros, nos livros. Alguns tentam o coração do próximo para ver se ali descobrem Deus.


Em verdade, muitos são os caminhos, mas o encontro verdadeiro se dá portas adentro do nosso coração.



Texto do site Momento Espírita

sábado, 30 de julho de 2011

A Justiça do Amor de Deus - DVD Seminário

a justica do amor de Deus é um dvd seminário com Raul Teixeira que trata do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec


Trago aos amigos uma excelente recomendação, é o DVD “A Justiça do Amor de Deus – Evocando os 140 Anos do Livro “O Céu e o Inferno””. É um seminário realizado com o médium e orador espírita, reconhecido nacional e internacionalmente, José Raul Teixeira onde são tratados temas do livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec de modo a iluminar conceitos mais recentes como regiões de umbrais, colônias espirituais e a confusão de conceitos religiosos feita por novos espíritas que por vezes interpretam mal certos conceitos doutrinários por conta de analogias erradas que acabam por gerar um sincretismo religioso.


Fica a dica desse excelente seminário que irá lhe proporcionar inúmeros aprendizados e boas reflexões.




sexta-feira, 15 de julho de 2011

Na Luz da Reencarnação


O caminho de luz que é a reencarnação explicada através do Espiritismo

Trazes hoje as vísceras doentes, compelindo-te aos aborrecimentos de incessante medicação.

Elas, porém, se fizeram assim, à força de suportarem ontem os teus próprios abusos nos venenos da mesa.

Trazes hoje o corpo mutilado, obrigando-te a movimentos de sacrifício.

Tens, no entanto, o carro físico desse modo por lhe haveres gasto, ontem, esse ou aquele recurso em corridas à delinqüência.

Trazes hoje o cérebro hebetado, dificultando-te as expressões.

Mas, isso acontece porque, ontem, mergulhavas a própria cabeça em clima de trevas.

Trazes hoje a carência material por sentinela de cada dia.

Contudo, ontem atolavas o coração no supérfluo, articulado com o pranto dos infelizes.

Trazes hoje, na própria casa, a presença de certos familiares que te acompanham à feição de verdugos.

Entretanto, são eles credores de ontem, que surgem, no tempo, pedindo contas.

Todos somos capazes de fazer o melhor, porquanto, pelas tentações e provas de hoje, podemos avaliar o ponto de trabalho em que a vida nos impele a sanar os erros do passado, clareando o futuro.

Perfeição é a meta.

Reencarnação é o caminho.

E toda falha, na direção de obra perfeita, exige naturalmente corrigenda e recomeço.


Fonte: Livro "Justiça Divina" psicografia de Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Esforço Próprio

espiritismo, transição, planetária, esforço


“Não é com as leis que se decreta a caridade e a fraternidade; se elas não estão no coração, o egoísmo as sufocará sempre [...].” – Allan Kardec1

O ser humano, embora o progresso já realizado, ainda muito se utiliza de diversas artimanhas para fugir ao compromisso de trazer o Reino de Deus à Terra. Criou-se uma cultura de esperar que “caia do céu”, de esperar que o outro faça quando esse dever é de cada um. Vemos religiosos que, para fugirem ao compromisso da fundação do Reino de Deus na Terra, se prendem dentro do seu sectarismo ansiando pela mudança mágica para paraíso fictício esperando por uma premiação que muitas vezes não fez por merecer. Outros acreditam que simples rituais podem levá-los ao paraíso eterno que nada fizeram por merecer. Até mesmo alguns espíritas falam muito em período de transição, mas o que estão fazendo para que essa transição de fato ocorra? Estão na vanguarda da mudança interior para melhor ou caminharão como bois tangidos pela força das circunstâncias? Esperam realmente desfrutar dos louros do esforço de outrem? Pois não irão, a Lei de Deus é a lei do “a cada um segundo suas obras”2.

A mudança real e coletiva do planeta para melhor passa pela mudança individual de cada um, é com cada um fazendo sua parte que realmente a mudança acontece. Culpar as autoridades, o vizinho, a família ou Deus não são argumentos plausíveis, pois cada um presta contas à própria consciência e esta só cobrará aquilo que dependia de você realizar. Kardec foi muito sábio quando disse que as leis não decretam a caridade e a fraternidade, pois estas devem vir de dentro do homem para fora e não de fora, através de leis, para dentro, pois o que vem de fora cuida da aparência, mas não da essência e assim a essência egoísta as sufocará. Não adianta esperar que as mudanças partam do exterior, pois este não nos mudará, a mudança real parte de dentro, pois “o Reino de Deus está dentro de vós.”3

Dessa forma meus irmãos, não caiam na ilusão de esperar que as mudanças partam de outras pessoas, pois cada um receberá e será cobrado segundo suas obras e a mudança do todo depende de cada uma de suas partes, de cada um de nós. Fazer da Terra um lugar melhor é obrigação nossa, não esperemos que outros o façam, pois para ela voltaremos e colheremos os frutos do que tivermos plantado.


Referências:
1. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXV, ítem 8.
2. Romanos 2:6.
3. Lucas 17:20-21.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quitação

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Todas as contas a resgatar pedem relação direta entre credores e devedores.


É por isso que te vês, freqüentemente, na Terra, diante daqueles a quem deves algo.


No lar ou nas linhas que o margeiam, é fácil reconhecê-los, quando entregas desinteresse e dedicação, recolhendo aspereza e indiferença.


Muitas vezes, trazem nomes queridos no recinto doméstico, e assemelham-se a impassíveis verdugos, apresando-te o coração nas grades do sofrimento.


Em muitos lances da estrada, são amigos a quem te dás, sem reserva, e que te arrastam a dificuldades de longo curso.


Em várias ocasiões, são pessoas das quais enxugaste as lágrimas, situando-as na intimidade da própria vida, e que, de inesperado, te agridem a confiança com as pedras do desapreço.


Noutras circunstâncias, são companheiros de experiência que, de súbito, se transformaram em adversários gratuitos de teu caminho, hostilizando-te, em toda parte.


Entretanto, se defrontado por semelhantes problemas, é indispensável te municies de amor e paciência, tolerância e serenidade, para desfazeres a trama da incompreensão.


Guarda a consciência no dever lealmente cumprido e, haja o que houver, releva os golpes com que te firam, ofertando-lhes o melhor sentimento, a melhor idéia, a melhor palavra e a melhor atitude.


Água cristalina, pingando, gota a gota, converte o vaso de vinagre em vaso de água pura.


E, se depois de todos os teus gestos de fraternidade e benevolência, ainda te perseguem ou te injuriam, abençoa-os em prece e continua, adiante, fiel a ti mesmo, na certeza de que humildade, na hora de crise, é nota de quitação.
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Emmanuel através da psicografia de Francisco Cândido Xavier no livro “Justiça Divina” disponível para download no seguinte link: http://virou.gr/jmiefB


terça-feira, 31 de maio de 2011

O Objetivo do Espiritismo

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“Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária.(...)" - (Allan Kardec - O Livro dos Médiuns)


Amigos, venho trazer-lhes uma pequena reflexão sobre o objetivo do Espiritismo e sobre como nós estamos vivenciando as grandes revelações que essa admirável Doutrina nos trouxe.


O objetivo do Espiritismo é o melhoramento da humanidade através da moralização realizada por meio da compreensão dos princípios básicos da Doutrina e vivência dos princípios evangélicos ensinados por Jesus. Desse modo o conhecimento pelo conhecimento não tem valor nenhum se não for acompanhado de uma mudança real de conduta, porém infelizmente muitos companheiros de ideal espírita ainda se prendem mais ao acúmulo de conhecimento de forma estéril.


Devemos, antes de tudo, dividir o conhecimento espírita em dois grandes grupos que são os conhecimentos principais e os conhecimentos acessórios. Os conhecimentos principais decorrem dos princípios básicos da Doutrina e das Leis Morais, são eles que de fato esclarecem e estimulam uma verdadeira mudança de conduta. Os conhecimentos acessórios são apenas ilustrativos, sem nenhum grande impacto sobre a moral das pessoas e por isso deveriam ficar em segundo plano, mas não é o que acontece. O que vemos de debates sobre aeróbus, alimentação dos espíritos, colônias espirituais e outras coisas é uma grandiosidade, o problema é a real utilidade desses debates, em que esses elementos podem importar para nós? Não vejo nenhuma utilidade além de satisfazer uma vã curiosidade. Se a simples crença em qualquer dos princípios da Doutrina não muda ninguém, o que dizer então dos debates sobre questões absolutamente secundárias? Que nos empenhemos em aplicar esses conhecimentos em nossas vidas e isso sim será de real utilidade para nós e para a humanidade.


O Espiritismo não necessita desse tipo de debate onde apenas se busca a glória de mostrar quem sabe mais sobre coisa alguma, o que a Doutrina pede de nós é a vivência dos seus princípios de modo a nos melhorarmos como pessoas e espíritos imortais servindo então de exemplo aos companheiros que convivem conosco e assim sendo o “sal da Terra e a luz do mundo” a que se referiu Jesus. Que essa breve reflexão ajude-nos a buscar sempre vivermos consoante o objetivo do Espiritismo evitando sempre tudo que não nos ajude a progredir.


Um grande abraço a todos e que Jesus nos abençoe e inspire sempre!


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Espiritismo e Ciência

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Sérgio Thiesen

Lendo a edição de Maio do Boletim do Serviço Espírita de Informações (SEI), fiquei muito feliz com a notícia de expositores espíritas participando de congressos científicos e levando a temática espírita para conhecimento geral. A seguir repasso na íntegra a notícia para vocês:
“O expositor brasileiro Sérgio Thiesen transmitiu há poucos dias uma notícia bastante feliz para a divulgação do pensamento espírita. Fará parte do Congresso Mundial de Psicoterapia, que acontecerá entre os dias 24 e 28 de agosto em Sydney.
“Enviei para a Comissão Científica dois trabalhos e os dois foram aceitos. Um é sobre a “Influência dos espíritos desencarnados nas doenças mentais” e outro sobre “Como explicar o vínculo entre espíritos e os pacientes com doenças mentais” – conta o expositor, que é médico e físico.
Thiesen já havia participado de evento igualmente importante, em 2008, na China, onde tratou de desobsessão e fluidoterapia, técnicas amplamente empregadas no meio espírita e que têm auxiliado na recuperação de muitos doentes mentais. A presença de espíritas em eventos como estes evidencia o crescente interesse da comunidade médica e científica por questões de espiritualidade.
O “World Congress of Psichotherapy 2011” acontece a cada três anos e reúne cerca de quatro mil especialistas das áreas de psiquiatria, psicologia e psicoterapia, de todo o mundo. Informações sobre o evento, em www.wcp2011.org.”
Fonte: http://www.lfc.org.br/sei/boletim/2200.pdf